segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Reflorestamento e Madeira


REFLORESTAMENTO COMERCIAL DE MADEIRA TROPICAL



CONHECENDO A MADEIRA

A madeira é um produto criado pelo homem. Não um produto a mais ou um produto qualquer, é simplesmente o mais genial e o mais antigo produto vegetal que o homem utilizou desde que passava as noites dentro das cavernas.

É “produto” porque é comercializada, tem preço, valor e volume. Naturalmente não existe madeira, o homem deu nome e designou utilidade a este maravilhoso tecido.

Não há etnia que tenha dispensado o seu uso e não haveria como dispensar, realmente é um produto que agrada pelo seu variado padrão estético, é relativamente fácil de ser trabalhado, o custo é acessível, é geralmente durável e pode ser empregado de muitas maneiras.

A madeira acompanha o homem do berço até sua última morada.

Quanto mais desenvolvido um país e quanto maior for a tecnologia disponível, maior é o uso da madeira. Metal, plástico e concreto, nenhum deles poderia substituir a madeira com tanta versatilidade, estilo e beleza. Se comparada a estas outras matérias primas na questão de eficiência energética na sua produção, a madeira leva enorme vantagem.

“Todas as grandes civilizações do mundo se iniciaram com o tronco da primeira árvore... ...a maioria delas desapareceram com o tronco da última”


MERCADO

O mercado de madeiras movimenta bilhões de dólares a cada ano e envolve praticamente todos os países do mundo.

O Brasil é o maior produtor, exportador e mercado de produtos de madeira em toda a América Latina, no entanto, a disponibilidade do recurso madeira tropical nativa não é de todo infinita, tendências indicam que os recursos florestais tendem a se exaurir se medidas não forem tomadas para frear o desmatamento ilegal da Amazônia.

Com a escassez dos recursos florestais, a madeira torna-se um material caro, porém, com mercado garantido, uma vez que será oriunda de reflorestamentos sustentáveis, obtida com responsabilidades ecológicas, ambientais e sociais. Além disso, espécies tornam-se mundialmente famosas e preferidas como o mogno, guanandi, jequitibá, cedro, dentre outras.


BENEFÍCIOS DIRETOS E INDIRETOS

- ECOLÓGICOS: conservação do solo, proteção da água, melhoria no microclima, tanto para as plantas, pessoas e animais.

- ECONÔMICOS: diversificação da produção e aumento da renda por área, créditos de carbono, créditos de reposição florestal, poupança verde!

- SOCIAIS: geração de EMPREGO no meio rural, mantendo famílias nos sítios e fazendas, resgatando e mantendo as tradições, folclores e conhecimentos populares, melhorando a qualidade de vida de todos os envolvidos na atividade.


REQUERIMENTOS AMBIENTAIS MÍNIMOS

. Evitar áreas onde a temperatura caia abaixo de -3°C frequentemente e em regiões áridas cuja precipitação pluviométrica não atinja 1.000 milímetros anuais.

. Solos com propriedades físicas adequadas, como de fertilidade química média a alta, bem drenados, de textura que varia de franca a argilosa.

. Evitar altitudes superiores a 1.500m.


ONDE PLANTAR?

. Áreas produtivas: antigas lavouras e antigas pastagens;

. Áreas impróprias para cultivos agrícolas: encostas de morros, terras pobres;

. Áreas degradadas ou inaproveitadas;

. Recomposição de Reserva Legal;


MODELOS DE PLANTIO

. Plantio puro a pleno sol: trata-se de plantio com uma única espécie, em espaçamento pré-determinado, caracterizando uma monocultura.

. Plantio em mosaico: trata-se da utilização de mais de uma espécie, plantadas em blocos, subdivididos de acordo com as características silviculturais de cada espécie utilizada.

. Plantio em linhas: trata-se do plantio com mais de uma espécie, plantadas cada grupo em linhas intercaladas.

. Plantio de divisas: trata-se do plantio em linhas seguindo as divisas da propriedade ou de outras culturas, aproveitando o terreno.

. Plantio em consórcio agro florestal: trata-se da inclusão de cultivos agrícolas nas entrelinhas ou nas linhas do reflorestamento, visando principalmente à geração de receitas que ajudem a amortizar os gastos com a implantação e manutenção das árvores.


PLANO SILVICULTURAL

Plano de manejo com foco na árvore

O manejo florestal com foco na árvore prioriza o crescimento individual, onde o objetivo principal é o de agregar o incremento no volume de madeira em poucos indivíduos de boa qualidade. As decisões sobre época e intensidade dos desbastes são embasadas neste conceito.

Objetivos

. Produzir madeira de qualidade adequada, nas quantidades planejadas e de acordo com os padrões definidos pelo mercado de produção de Toras para serraria e/ou laminação, bem como destinar uso final para madeira de desbaste.

. Incluir a floresta na economia do meio rural.

. Recuperar a área

. Aproveitamento dos serviços indiretos: sombra, beleza cênica, quebra vento, pastagem, cultivos agrícolas, lenha, produtos não madeireiros, créditos de carbono, valorização da propriedade.


Principais operações silviculturais

Plantio e Replantio/ Carpa (química e mecânica) e Roçada/ Adubação e Desbrota/ Controle de pragas/ Podas e Desramas/ Inventários/ Desbastes e Corte final



ETAPAS PARA IMPLANTAÇÃO DO REFLORESTAMENTO

Todo empreendimento seja ele qual for, necessita de planejamento e respaldos legais para o seu sucesso. Esta atividade florestal é um investimento em longo prazo, portanto, necessita de um projeto técnico florestal e de licenças e garantias dos órgãos ambientais competentes.

Sendo assim temos etapas a seguir do início ao fim do projeto:

Escolha da área:

Deve-se evitar o plantio em regiões cujas temperaturas caiam abaixo de três graus negativos e em regiões áridas cuja precipitação pluviométrica não atinja 1.000 milímetros anuais. Se isso ocorre com a sua propriedade, compensa adquirir uma área em qualquer outra região, dada a alta rentabilidade da receita final.

O desenvolvimento é melhor em solos com propriedades físicas adequadas, como de fertilidade química média a alta, bem drenados, de textura que varia de fraca a argilosa. Cresce bem em solos aluviais, argilosos, sílico-argilosos ou arenosos,ácidos (pH 4,5-6,0).

Em terrenos acidentados, recomenda-se a construção de obras de conservação de solo (curvas de nível e terraços) e o uso das técnicas de cultivo mínimo.


Respaldos legais:

.Projeto Técnico Florestal: elaborado pela Tropical Flora Reflorestadora trata-se de um documento que orienta o empreendedor em todas as etapas do plano de manejo.

.Parecer Técnico Ambiental: solicitado junto ao órgão ambiental responsável da região, trata-se de um documento que atesta que a área onde será implantado o projeto está fora das áreas de preservação permanente e da reserva legal, autorizando o plantio pois é uma área produtiva.

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