quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Florestas Fluviais:Porque é importante preservá-las


Assim como mata ciliar e floresta ripária, floresta fluvial é uma denominação aplicada às florestas que ocorrem na beirada de rios. Apesar de estarem situadas nas margens dos cursos de água, essas formações têm características sensivelmente distintas conforme as paisagens em que se encontram: em encostas íngremes ou em planícies.



As florestas que ladeiam os rios de encostas apresentam praticamente a mesma estrutura e composição de espécies que aquelas que se encontram no restante da rampa, pois os solos que as sustentam não estão sujeitos a flutuação do nível do lençol freático. Para este caso, o clima é o grande condicionador das características fitotípicas que enseja mudanças importantes nas espécies presentes.

No entanto, para as florestas de planícies, além do clima, existem outros condicionantes, tais como atributos geomorfológicos e pedológicos. Com o objetivo de melhor compreender a composição da vegetação, é importante que se faça a distinção destas de acordo com o padrão de leito fluvial, em razão da pluralidade existente dos atributos mencionados. Deve-se ressaltar que o padrão de leito é determinado em decorrência da interatividade do clima com as características do arcabouço geológico e estes deflagram a manifestação de relevos e solos de planície.

Nas margens de rios com padrões de leito retilíneo e meandrante encaixado são encontradas florestas fluviais com espécies muito semelhantes àquelas que se encontram nas encostas em função de não estarem propensas a períodos de inundação. Em planícies construídas sob padrões meandrante divagante, entrelaçado e anastomosado, as florestas são enriquecidas por espécies adaptadas aos períodos prolongados de saturação hídrica dos solos, provocados pelas enchentes. Nestas planícies coexistem solos hidromórficos e não-hidromórficos, ocupando feições geomórficas com diferentes altimetrias dentro da mesma planície. Nas planícies mais rebaixadas, especificamente sobre os solos hidromórficos, são observadas espécies com modificações anatômicas e morfológicas, tais como hipertrofia lenticelar, aerênquima e raízes adventícias, adaptações que lhes permitem maior tempo de sobrevivência à saturação hídrica. Em feições geomórficas mais soerguidas, sobre solos não-hidromórficos, é encontrado um menor número de espécies adaptadas às enchentes, resultando, assim, em um mosaico fitofisionômico característico das florestas em planícies fluviais. Assim sendo, depreende-se que, a despeito do clima ser o grande motivador para alterações na diversidade florística e estrutural, relevo e solo também determinam estas modificações.

Sob o ponto de vista funcional, as florestas fluviais apresentam uma série de atribuições que variam em tipo e intensidade, em coerência com a paisagem onde estão inseridas e ecossistemas com que interagem. Independente de sua posição, se em encosta ou em planície, determinam a proteção de recursos hídricos, regularizando os fluxos de água, sedimentos e nutrientes, contribuem para estabilidade térmica, sobretudo, de pequenos cursos d´água, além de entre outras funções, concretizar corredores ecológicos, garantindo a dinâmica da pluralidade biológica. Fato interessante é o de que, independentemente da menor riqueza arbórea das florestas fluviais de planície sujeitas ao alagamento, esta fitotipia contem maior diversidade epifítica (plantas que usam árvores como suporte) em função da maior luminosidade e umidade existentes nestes ambientes, compensando, de certa forma, a simplificação arbórea. Analogamente, esta maior riqueza em epífitas também é observada em ambientes fluviais inseridos em encostas íngremes.

Por conta das inúmeras funções, em paisagens onde não estão mais presentes, ou mesmo quando se encontram ralas e fragmentadas, as florestas fluviais devem ser recuperadas a fim de reconstituir um dos pilares da evolução da biodiversidade. Sua restauração deve ser feita com espécies nativas e, sempre que possível, com elevado número de espécies, respeitando as características adaptativas destas. Assim, nas ações destinadas à recuperação das florestas fluviais de planícies, entre tantos outros encontrados na literatura, deve-se observar alguns quesitos, tais como: em superfícies de degradação implantar espécies arbóreas de pequeno porte com sistema radicular profundo com a finalidade de promover maior estabilidade aos diques marginais; usar espécies com rápidas reações morfoanatômicas, o que lhes permite um maior tempo de sobrevivência, bem como as capacita a diminuir a velocidade do caudal, minimizando o potencial erosivo fluvial. Deve-se atentar ainda para, em superfícies de agradação, utilizar espécies que possuam estratégias adaptativas como a mergulhia, o que lhes possibilita funcionar como um retentor de sedimentos, além de promover maior estabilidade aos depósitos de sedimentos em pontas-de-barras. Sobretudo, deve-se considerar como as espécies são adaptadas aos diferentes regimes hídricos de solos (não-saturados e saturados), o que definirá sua sobrevivência nos períodos de enchente, justificando tempo, recurso e mão-de-obra empregados pelo produtor.

Para as florestas de encostas, deve-se procurar compensar as suas larguras e densidades de indivíduos considerando o declive da rampa de forma interativa à profundidade e a textura dos solos. Assim, como exemplo, rampas muito íngremes, conjugadas a solos rasos e arenosos devem conter larguras e densidades mais elevadas do que em encostas menos declivosas, com solos profundos e argilosos. Outro quesito importante é a possibilidade do uso de espécies arbóreas que possuam sistema radicular superficial vigoroso, tipo sapopema, o qual aumenta a rugosidade da superfície, diminuindo o transporte de água, sedimentos e íons pelas enxurradas em direção ao rio.

Em função das suas características, sobretudo em razão das suas funcionalidades ecológicas, as florestas fluviais assumem extrema importância, tanto no contexto ambiental como social. Reconhecidas pela sociedade, foram incorporadas ao Código Florestal Brasileiro, passando a constituir uma forte noção patrimonial atribuída pelo Direito, na forma de Áreas de Preservação Permanente - APPs. No entanto, a despeito da legalidade jurídica, é importante o reconhecimento da importância desta fitotipia por parte da sociedade e que este seja convertido em ações sólidas na preservação e/ou recuperação destas formações.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

continuação das fotos usina






Fotos Usina



Inauguração da Usina de Triagem e Compostagem

O Lixo em Bicas

Inaugurada no dia 05/12/2009 a usina de triagem e compostagem do lixo de Bicas, com a presença de várias autoridades locais e regionais que vieram prestigiar este importante momento, em que o município poderá enfim, dar destinação correta ao lixo coletado, além de encerrar as atividades do lixão de São Manoel que a várias décadas vem degradando o Meio Ambiente em nossa região. Após enfrentar vários obstáculos, esta conquista demonstra a preocupação da administração biquense com as questões ambientais, buscando garantir uma cidade economicamente e ambientalmente sustentável, preparando um futuro melhor para as novas gerações. Durante décadas o lixo urbano vem sendo depositado em áreas rurais sem tratamento adequado. Com o passar dos anos, a invenção do plástico e o avanço da tecnologia, o lixo passou a ser um grande problema mundial por causa do impacto Ambiental que vem degradando os mananciais de água potável do mundo, com a formação dos chamados lixões.
Da década de 70 até os tempos atuais a população mundial cresceu cerca de 18%, enquanto que, a produção de lixo aumentou 25%, tornando-se inevitável a busca por soluções para destinação final dos resíduos; estima-se que são depositados a céu aberto cerca de 30 milhões de toneladas de lixo diariamente no mundo.
Com os problemas ambientais e de saúde causados pelos lixões foram criadas as usinas de triagem e compostagem e aterros sanitários.
Hoje em nosso município, temos uma produção diária de cerca de 10 toneladas de lixo urbano,e esperamos,após o inicio de operação da usina,e a implantação da coleta seletiva,reciclar 60% do lixo coletado restando 20% para compostagem e 20% para aterro.
 Fonte: Secretaria Municipal do Meio Ambiente
 Blog: informabicas.blogspot.com
 Email:mabicas@gmail.com

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Tijolos Ecológicos


Os hoje chamados tijolos ecológicos ganharam esse nome porque, em seu processo de fabricação, não são levados ao forno para cura e queima do material, o que evita o desmatamento para produção do carvão usado no forno e a emissão de gases de efeito estufa durante a queima. A estimativa é que, para cada mil tijolos convencionais fabricados, cinco árvores sejam derrubadas. Ao invés do forno, estes tijolos são fabricados em prensa manual ou hidráulica e curados ao ar livre.

Além disso, produtores deste tipo de tijolo garantem que ele evita o desperdício – atualmente, cerca de 1/3 do material de uma obra vai para o lixo - proporcionando mais de 25% de economia em relação ao sistema construtivo convencional. O ecológico, no entanto, pára por aí. A matéria-prima para a fabricação das peças é comum no setor de construção: solo (saibro ou terra de barranco, que não possui capim ou restos orgânicos) e cimento em proporções variadas ou argila e uma substância agregadora de solo.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

"A Hora do Planeta"


O movimento mundial que pretende apagar as luzes por 60 minutos, num ato simbólico pela preocupação com o aquecimento global, terá a adesão, também, dos brasileiros. O evento ocorre a partir das 20h30min do próximo sábado.

A intenção do movimento é alcançar mais de um bilhão de pessoas em mil cidades ao redor do mundo em sua terceira edição. A participação é fácil: pessoas, individualmente, escolas, empresas, organizações e cidades podem aderir à Hora do Planeta cadastrando seus dados no site www.horadoplaneta.org.br. Até ontem, 35 municípios brasileiros já estavam na lista de adesão.


A Rede WWF, organizadora do movimento, quer engajar e mobilizar a sociedade para manifestar a preocupação com o aquecimento global. No Brasil, que participará pela primeira vez, a ideia é também conscientizar a população sobre o desmatamento e as queimadas, formas preocupantes e de maior emissão de gases do efeito estufa do país.

Conforme dados do WWF, o Brasil é o quarto país no ranking mundial de emissão de gases do efeito estufa. O desmatamento é o principal motivo, representando 75% do total de emissão do gás carbônico (CO2), principal causador do aquecimento global.

A Hora do Planeta é uma das maneiras encontradas pelo WWF para mostrar a manifestação social para que seja assinado, em dezembro, o Acordo Global de Clima. O documento, envolvendo 100 países, deve estabelecer as metas e regras para combater as mudanças climáticas e o aquecimento global através da diminuição das emissões pelos países.

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Energia Solar


O sol é fonte de energia renovável.


O sol é fonte de energia renovável, o aproveitamento desta energia tanto como fonte de calor quanto de luz, é uma das alternatias energéticas mais promissoras para enfrentarmos os desafios do novo milênio.

A energia solar é abundante e permanente, renovável a cada dia, não polui e nem prejudica o ecossistema. A energia solar é a solução ideal para áreas afastadas e ainda não eletrificadas, especialmente num país como o Brasil onde se encontram bons índices de insolação em qualquer parte do território.

A Energia Solar soma características vantajosamente positivas para o sistema ambiental, pois o Sol, trabalhando como um imenso reator à fusão, irradia na terra todos os dias um potencial energético extremamente elevado e incomparável a qualquer outro sistema de energia, sendo a fonte básica e indispensável para praticamente todas as fontes energéticas utilizadas pelo homem.

O Sol irradia anualmente o equivalente a 10.000 vezes a energia consumida pela população mundial neste mesmo período. Para medir a potência é usada uma unidade chamada quilowatt. O Sol produz continuamente 390 sextilhões (390x1021) de quilowatts de potência. Como o Sol emite energia em todas as direções, um pouco desta energia é desprendida, mas mesmo assim, a Terra recebe mais de 1.500 quatrilhões (1,5x1018) de quilowatts-hora de potência por an
A energia solar é importante na preservação do meio ambiente, pois tem muitas vantagens sobre as outras formas de obtenção de energia, como: não ser poluente, não influir no efeito estufa, não precisar de turbinas ou geradores para a produção de energia elétrica, mas tem como desvantagem a exigência de altos investimentos para o seu aproveitamento. Para cada um metro quadrado de coletor solar instalado evita-se a inundação de 56 metros quadrados de terras férteis, na construção de novas usinas hidrelétricas. Uma parte do milionésimo de energia solar que nosso país recebe durante o ano poderia nos dar 1 suprimento de energia equivalente a:

* 54% do petróleo nacional

* 2 vezes a energia obtida com o carvão mineral

* 4 vezes a energia gerada no mesmo período por uma usina hidrelétrica.

Usinas de Compostagem no Brasil

Existem muitas usinas de compostagem no Brasil, mas infelizmente a maioria delas está desativada por falta de uma política mais séria, além da falta de preparo técnico no setor. Inclusive, na maioria dessas usinas, as condições de trabalho são precárias, o aspecto do local é muito sujo e desorganizado e não existe controle de qualidade do sistema de compostagem e nem do composto a ser utilizado em solo destinado à agricultura.

Muitas usinas de compostagem estão acopladas ao sistema de triagem de material reciclável. Por isso é comum as usinas possuírem espaços destacados para esteiras de catação, onde materiais como papel, vidro, metal, plástico são retirados, armazenados e depois vendidos.

A qualidade do composto produzido na maioria das vezes é ruim tanto no grau de maturação, quanto na presença de material que compromete o aspecto estético e material poluente como metais pesados.

A compostagem no Brasil vem sendo tratada apenas sob perspectiva de "eliminar o lixo doméstico" e não como um processo industrial que gera produto, necessitando de cuidados ambientais, ocupacionais, marketing, qualidade do produto, etc. Tanto isso é verdade que quando as usinas são terceirizadas, as empreiteiras pagam por lixo que entra na usina e não por composto que é vendido e o preço, que muitas usinas cobram, é simbólico. A compostagem no Brasil precisa ser encarada mais seriamente.