
REFLORESTAMENTO COMERCIAL DE MADEIRA TROPICAL
CONHECENDO A MADEIRA
A madeira é um produto criado pelo homem. Não um produto a mais ou um produto qualquer, é simplesmente o mais genial e o mais antigo produto vegetal que o homem utilizou desde que passava as noites dentro das cavernas.
É “produto” porque é comercializada, tem preço, valor e volume. Naturalmente não existe madeira, o homem deu nome e designou utilidade a este maravilhoso tecido.
Não há etnia que tenha dispensado o seu uso e não haveria como dispensar, realmente é um produto que agrada pelo seu variado padrão estético, é relativamente fácil de ser trabalhado, o custo é acessível, é geralmente durável e pode ser empregado de muitas maneiras.
A madeira acompanha o homem do berço até sua última morada.
Quanto mais desenvolvido um país e quanto maior for a tecnologia disponível, maior é o uso da madeira. Metal, plástico e concreto, nenhum deles poderia substituir a madeira com tanta versatilidade, estilo e beleza. Se comparada a estas outras matérias primas na questão de eficiência energética na sua produção, a madeira leva enorme vantagem.
“Todas as grandes civilizações do mundo se iniciaram com o tronco da primeira árvore... ...a maioria delas desapareceram com o tronco da última”
MERCADO
O mercado de madeiras movimenta bilhões de dólares a cada ano e envolve praticamente todos os países do mundo.
O Brasil é o maior produtor, exportador e mercado de produtos de madeira em toda a América Latina, no entanto, a disponibilidade do recurso madeira tropical nativa não é de todo infinita, tendências indicam que os recursos florestais tendem a se exaurir se medidas não forem tomadas para frear o desmatamento ilegal da Amazônia.
Com a escassez dos recursos florestais, a madeira torna-se um material caro, porém, com mercado garantido, uma vez que será oriunda de reflorestamentos sustentáveis, obtida com responsabilidades ecológicas, ambientais e sociais. Além disso, espécies tornam-se mundialmente famosas e preferidas como o mogno, guanandi, jequitibá, cedro, dentre outras.
BENEFÍCIOS DIRETOS E INDIRETOS
- ECOLÓGICOS: conservação do solo, proteção da água, melhoria no microclima, tanto para as plantas, pessoas e animais.
- ECONÔMICOS: diversificação da produção e aumento da renda por área, créditos de carbono, créditos de reposição florestal, poupança verde!
- SOCIAIS: geração de EMPREGO no meio rural, mantendo famílias nos sítios e fazendas, resgatando e mantendo as tradições, folclores e conhecimentos populares, melhorando a qualidade de vida de todos os envolvidos na atividade.
REQUERIMENTOS AMBIENTAIS MÍNIMOS
. Evitar áreas onde a temperatura caia abaixo de -3°C frequentemente e em regiões áridas cuja precipitação pluviométrica não atinja 1.000 milímetros anuais.
. Solos com propriedades físicas adequadas, como de fertilidade química média a alta, bem drenados, de textura que varia de franca a argilosa.
. Evitar altitudes superiores a 1.500m.
ONDE PLANTAR?
. Áreas produtivas: antigas lavouras e antigas pastagens;
. Áreas impróprias para cultivos agrícolas: encostas de morros, terras pobres;
. Áreas degradadas ou inaproveitadas;
. Recomposição de Reserva Legal;
MODELOS DE PLANTIO
. Plantio puro a pleno sol: trata-se de plantio com uma única espécie, em espaçamento pré-determinado, caracterizando uma monocultura.
. Plantio em mosaico: trata-se da utilização de mais de uma espécie, plantadas em blocos, subdivididos de acordo com as características silviculturais de cada espécie utilizada.
. Plantio em linhas: trata-se do plantio com mais de uma espécie, plantadas cada grupo em linhas intercaladas.
. Plantio de divisas: trata-se do plantio em linhas seguindo as divisas da propriedade ou de outras culturas, aproveitando o terreno.
. Plantio em consórcio agro florestal: trata-se da inclusão de cultivos agrícolas nas entrelinhas ou nas linhas do reflorestamento, visando principalmente à geração de receitas que ajudem a amortizar os gastos com a implantação e manutenção das árvores.
PLANO SILVICULTURAL
Plano de manejo com foco na árvore
O manejo florestal com foco na árvore prioriza o crescimento individual, onde o objetivo principal é o de agregar o incremento no volume de madeira em poucos indivíduos de boa qualidade. As decisões sobre época e intensidade dos desbastes são embasadas neste conceito.
Objetivos
. Produzir madeira de qualidade adequada, nas quantidades planejadas e de acordo com os padrões definidos pelo mercado de produção de Toras para serraria e/ou laminação, bem como destinar uso final para madeira de desbaste.
. Incluir a floresta na economia do meio rural.
. Recuperar a área
. Aproveitamento dos serviços indiretos: sombra, beleza cênica, quebra vento, pastagem, cultivos agrícolas, lenha, produtos não madeireiros, créditos de carbono, valorização da propriedade.
Principais operações silviculturais
Plantio e Replantio/ Carpa (química e mecânica) e Roçada/ Adubação e Desbrota/ Controle de pragas/ Podas e Desramas/ Inventários/ Desbastes e Corte final
ETAPAS PARA IMPLANTAÇÃO DO REFLORESTAMENTO
Todo empreendimento seja ele qual for, necessita de planejamento e respaldos legais para o seu sucesso. Esta atividade florestal é um investimento em longo prazo, portanto, necessita de um projeto técnico florestal e de licenças e garantias dos órgãos ambientais competentes.
Sendo assim temos etapas a seguir do início ao fim do projeto:
Escolha da área:
Deve-se evitar o plantio em regiões cujas temperaturas caiam abaixo de três graus negativos e em regiões áridas cuja precipitação pluviométrica não atinja 1.000 milímetros anuais. Se isso ocorre com a sua propriedade, compensa adquirir uma área em qualquer outra região, dada a alta rentabilidade da receita final.
O desenvolvimento é melhor em solos com propriedades físicas adequadas, como de fertilidade química média a alta, bem drenados, de textura que varia de fraca a argilosa. Cresce bem em solos aluviais, argilosos, sílico-argilosos ou arenosos,ácidos (pH 4,5-6,0).
Em terrenos acidentados, recomenda-se a construção de obras de conservação de solo (curvas de nível e terraços) e o uso das técnicas de cultivo mínimo.
Respaldos legais:
.Projeto Técnico Florestal: elaborado pela Tropical Flora Reflorestadora trata-se de um documento que orienta o empreendedor em todas as etapas do plano de manejo.
.Parecer Técnico Ambiental: solicitado junto ao órgão ambiental responsável da região, trata-se de um documento que atesta que a área onde será implantado o projeto está fora das áreas de preservação permanente e da reserva legal, autorizando o plantio pois é uma área produtiva.